sábado, 30 de maio de 2015

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Criada uma liga metálica que flutua na água

Por Redação do Site Inovação Tecnológica - 28/05/2015

Metal que flutua na água
Essa liga metálica híbrida tem uma densidade de apenas 0,92 grama por centímetro cúbico, mas com ótima resistência estrutural. [Imagem: NYU Polytechnic School of Engineering]

Metal que flutua na água
Uma nova matriz metálica é tão leve que flutua na água, mesmo na forma de uma chapa inteiramente plana.
Barcos feitos com esse material compósito não afundariam mesmo se sofressem danos estruturais graves.
O compósito é formado por uma liga de magnésio reforçada com partículas ocas de carbeto de silício, que dá ao material a resistência necessária para lidar com aplicações práticas.
Essa liga metálica híbrida tem uma densidade de apenas 0,92 grama por centímetro cúbico (g/cc). Como a água tem uma densidade de 1,0 g/cc, o material flutua naturalmente.
"A capacidade dos metais para resistir a elevadas temperaturas pode ser uma vantagem gigantesca para esses compósitos em peças de motores e em exaustão, sem contar as peças estruturais," disse Nikhil Gupta, da Universidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos.
A resistência estrutural é dada pela esferas ocas de carbeto de silício, que ajudam também a resistir a impactos, absorvendo a energia durante o estresse.
"O compósito pode ser configurado para a densidade e outras propriedades adicionando mais ou menos camadas na matriz metálica para satisfazer as exigências da aplicação. Este conceito também pode ser utilizado com outras ligas de magnésio, que são não-inflamáveis," escreveu a equipe.
Bibliografia:

Dynamic Properties of Silicon Carbide Hollow Particle Filled Magnesium Alloy (AZ91D) Matrix Syntactic Foams
Harish Anantharaman, Vasanth Chakravarthy Shunmugasamy, Oliver M. Strbik III, Nikhil Gupta, Kyu Cho
International Journal of Impact Engineering
Vol.: In Press
DOI: 10.1016/j.ijimpeng.2015.04.008

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Construtoras apostam no BIM 4D para melhorar assertividade do planejamento de obras

Tecnologia

Por http://techne.pini.com.br/

Modelo tridimensional de projeto associado ao cronograma de atividades permite visualizar etapas da obra e identificar prós e contras de cada plano de ataque

Juliana Nakamura
Edição 213 - Dezembro/2014

Imagem: divulgação Coordenar Consultoria de Ação
Embora ainda seja incipiente, a utilização do Building Information Modeling (BIM) pelas construtoras brasileiras aos poucos avança em sofisticação, indo além de funcionalidades como a geração de modelos virtuais tridimensionais e a possibilidade de verificação de interferências nos projetos (clash detection). A evolução aponta principalmente para a integração com as ferramentas de planejamento, o chamado BIM 4D. Nele, às três dimensões espaciais que compõem o modelo 3D, é acrescida a variável tempo, tornando-se possível incorporar ao modelo informações sobre cronograma, sequência de obra e fases de implantação. Paralelamente surgem iniciativas que visam a aproximar o BIM dos canteiros, para que informações obtidas junto às frentes de trabalho, sejam de progresso ou de atraso de atividade, possam automaticamente municiar as equipes de planejamento, facilitando a tomada de decisão sobre as intervenções necessárias, gerando mínimo impacto nos cronogramas. Também ocorrem simultaneamente experiências em direção ao BIM 5D, que integra às outras variáveis o custo, permitindo que o modelo seja utilizado para gerar quantitativos e orçamentos.
"A ideia é vincularmos as informações dos componentes que representam o escopo do projeto às informações de planejamento e custo. Isto nos dá mais precisão sobre a quantidade de cada serviço a ser executada, permite a simulação de cenários e nos auxilia na definição do planejamento", explica Joyce Delatorre, coordenadora do Núcleo BIM da Método Engenharia. "Com estas informações integradas, se tivermos qualquer alteração de projeto, conseguimos rastrear o impacto no prazo e no custo da obra, auxiliando na tomada de decisão", continua a engenheira.
Ao permitir visualizar virtualmente e mais facilmente a progressão da obra, espera- se que o BIM integrado ao planejamento gere controles mais assertivos sobre os prazos de execução. Fernando Augusto Corrêa da Silva, diretor da Sinco, explica que tal precisão decorre principalmente da maior confiabilidade das informações do modelo e da possibilidade oferecida às equipes de planejamento de explorar diversas formas de executar a obra, escolhendo entre as opções existentes a melhor estratégia de ação.
"Além disso, diferente do que ocorre tradicionalmente, decisões que provavelmente seriam tomadas num segundo momento são antecipadas para a etapa de projetos. É o caso da logística interna do canteiro e de simulações de conflitos entre serviços", compara Diogo Linhares de Camargo, sócio-diretor da Porto Camargo, construtora e incorporadora paranaense que utiliza, pela primeira vez, o BIM 5D (que também inclui a variável custo) na construção de um edifício residencial em Curitiba. Ele conta que simulações subsidiaram a tomada de algumas decisões, como a definição da quantidade de operários para a realização das atividades, a definição da sequência de execução das obras, o estudo de logística de canteiro, e até as análises de custos das soluções para fachadas.
Uso seletivo
Integrar o BIM ao planejamento pode induzir ganhos consideráveis para quem utiliza sistemas construtivos pré-fabricados e trabalha com prazos de execução exíguos. "Em obras com alto grau de industrialização, como as que fazemos, a modelagem tem um importante papel no dimensionamento e na operação dos equipamentos de movimateria mentação e também ajuda a programar com mais precisão a entrega dos pré-fabricados", comenta Marcelo Pulcinelli, diretor de engenharia da Matec.
Ele conta que o BIM é utilizado em função da complexidade do projeto em questão na Matec. "Um galpão simples pode não justificar o investimento em uma modelagem completa. Ou corre-se o risco de a obra ficar pronta antes do modelo. Já em outros projetos, os ganhos podem ser enormes com a modelagem dos trechos de maior criticidade e com maior grau de interferências", explica, citando como exemplo edifícios com alta densidade de instalações prediais.
Thais Mazziotti Salomão de Paula, coordenadora de Projetos da Odebrecht Realizações Imobiliárias (OR), reforça que a utilização do BIM 4D pode ser bastante flexível. Segundo ela, é possível utilizar a metodologia para fazer modelos bem simples e simular o plano de ataque da obra de modo geral, ou para elaborar modelos mais detalhados para simular o ataque a uma etapa específica, como, por exemplo, a vedação.
Sintonia fina
Para que tudo isso funcione, não basta construir uma sofisticada base tecnológica com um pool de softwares e licenças. As equipes de projeto, planejamento e orçamento precisam trabalhar de forma integrada. Eis o primeiro grande desafio para a maioria das construtoras.
Na Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário (CCDI), a necessidade de integração levou a empresa a rever todos os processos internos das equipes envolvidas (planejamento, orçamento, engenharia). "Isso porque o que cada equipe faz hoje é diferente do que fazia antes. Não basta mais fazer só para a sua área. É preciso pensar no conjunto", explica Luiz Augusto Lervolino Pereira, diretor de Engenharia e Sistemas de Gestão da CCDI.
O grande desafio, explica Thais de Paula, é que, para haver a integração efetiva, os modelos não podem ser produzidos de modo aleatório. Eles precisam conter uma série de informações qualificadas demandadas pelo software de planejamento para a produção de gráficos e cronogramas. Na OR isso foi equacionado após meses de muita conversa e reuniões, antes de se iniciarem as modelagens.
Divulgação: ORDivulgação: OR
Ferramentas permitem extrair informações do modelo produzido em 3D para gerar planilhas e gráficos que vão municiar as equipes de planejamento e orçamento
É fundamental, portanto, que o projeto nasça modelado de forma a atender às necessidades das etapas posteriores, no caso, do planejamento e do orçamento. "As equipes de projetos devem estar totalmente aderidas ao processo executivo da construtora", reforça Fernando Corrêa da Silva, lembrando que, quanto mais o modelo refletir sua execução, maior será o sucesso de sua aplicação.
Outra barreira que gradativamente vem sendo superada é a tecnológica. Desenvolver projetos em BIM exige a interoperabilidade de um conjunto de softwares e aplicativos. Na CCDI, onde o BIM é a base de operação para as áreas de planejamento, orçamento, suprimentos, gestão de contratos e controle da qualidade, trabalham conjuntamente nove softwares de mercado, além de um sistema (ERP) próprio que funciona como centralizador, tradutor e intérprete.
Diante de múltiplas tecnologias, o caminho escolhido por muitas empresas foi utilizar o Industry Foundation Classes (IFC) e exportadores diretos entre as ferramentas. Joyce Delatorre, da Método, conta que boa parte das informações são facilmente compartilhadas entre os sistemas. Porém, ainda há perdas de informação com o IFC. "Para contornar isso, definimos diretrizes de modelagem para garantir o uso apenas de componentes auditados. Todo modelo BIM, desenvolvido internamente ou pelos projetistas, passa pelo nosso controle da qualidade interno para garantir a confiabilidade dos dados", revela.
Se por um lado há esses desafios, um facilitador importante é a aderência e o entusiasmo dos profissionais, sobretudo dos recém-formados, em relação à nova tecnologia. "Mas isso não exclui a necessidade de investirmos em capacitação para uso da metodologia BIM, que envolve novos fluxos e relações de trabalho", salienta Delatorre.
Questões importantes ao planejar com BIM

Fonte: Adaptado do Manual de BIM: Um Guia de Modelagem da Informação da Construção para Arquitetos, Engenheiros, Gerentes, Construtores e Incorporadores, de Chuck Eastman et al. (Editora Bookman, 2014)
Fluxos de produção
Ainda que o BIM possibilite visualizar a execução da obra e permita o estudo de várias alternativas, a metodologia sozinha não fará mágicas no planejamento. A afirmação é do engenheiro Leonardo Manzione, diretor da Coordenar e professor de cursos de MBA da Fundação Getulio Vargas (FGV) e da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP).
Divulgação: SincoDivulgação: CCDI
A extração de informações do modelo, como quantitativos de materiais, é um dos recursos que podem ser explorados na plataforma BIM

Modelo 4D pode ser associado ao uso de tablets pelos engenheiros residentes, seja para o acompanhamento da obra, seja para atualizar a evolução do cronograma
Manzione cita estudos do professor Carlos Formoso, da Universidade Federal do Rio Grande do sul (UFRGS), que revelaram que somente 30% do tempo de uma obra é utilizado para os processos produtivos. Os outros 70% são desperdiçados em processos que não agregam valor diretamente, como fluxos logísticos, atividades de inspeção, retrabalhos e fluxos de informação (o tempo que as pessoas perdem para saber o que, quando e como fazer as coisas).
"Esse conjunto de atividades não agregadoras ainda não é contemplado nos softwares de 4D, pois o paradigma que eles utilizam é a reprodução do cronograma de Gantt associado com os objetos BIM", comenta Manzione, que enxerga impactos positivos do BIM na medida que a capacitação da equipe de planejamento e de obra, trabalhando juntas, consigam desenvolver um projeto do sistema de produção, onde os fluxos de materiais e de transportes sejam visualizados com o apoio do modelo 3D.
Para isso, as ferramentas disponíveis podem oferecer diferentes abordagens. "Mas o planejador, qualquer que seja a ferramenta escolhida, tem a oportunidade de planejar e visualizar o layout do canteiro de produção da obra e, a partir daí, planejar e otimizar os fluxos logísticos organizando as atividades por seu fluxo de valor, não apenas pela sua sequência cronológica", conclui Manzione.
BIM 4D na prática
Gwycech/Shutterstock.com

Visualização 

Ao combinar um modelo 3D com sua evolução ao longo do tempo, o BIM 4D apresenta a sequência executiva de forma mais eficiente do que com um diagrama de Gantt tradicional.
Pressmaster/Shutterstock.com

Contribuição de partes interessadas

Por ser visualmente mais acessível, o modelo 4D facilita a troca de informações e de contribuições de agentes menos familiarizados com a engenharia e o planejamento.
Sofia Mattos





Logística do canteiro 

O modelo permite prever as melhores áreas de armazenamento de materiais, acessos ao canteiro, posicionamento de grandes equipamentos etc.
Marcelo Scandaroli


Coordenação da mão de obra

O modelo 4D facilita dimensionar e coordenar o fluxo de trabalho das equipes de mão de obra, inclusive em espaços pequenos.

Marcelo Scandaroli

Plano de ataque 

O modelo 4D permite avaliar e comparar os diferentes cenários de planos de ataque e programações de serviço. Durante a execução, permite controlar melhor se o projeto está em dia ou atrasado.
Fonte: Adaptado do Manual de BIM: Um Guia de Modelagem da Informação da Construção para Arquitetos, Engenheiros, Gerentes, Construtores e Incorporadores, de Chuck Eastman et al. (Editora Bookman, 2014)
Cinco obras planejadas com BIM
Projeto colaborativo
Composto por dez edificações em uma área de 80 mil m², o complexo multiuso Parque da Cidade, construído pela Odebrecht Realizações Imobiliárias (OR), está utilizando o BIM de diferentes maneiras. Os projetos das Glebas B e C do empreendimento foram produzidos exclusivamente em BIM, e o modelo 3D foi integrado aos softwares de planejamento e de extração de quantitativos. O trabalho envolveu diferentes equipes da construtora por cerca de um ano. "Um dos desafios foi ajustar o modelo produzido pelos projetistas para atender às necessidades do software de planejamento", conta Thais M. Salomão de Paula, coordenadora de projetos do Parque da Cidade (Glebas B e C) da OR. Ela conta que, como a modelagem começou ainda na etapa de anteprojeto, o BIM agregou agilidade para a equipe de produção realizar o planejamento de logística e dos elementos do canteiro.
Ganhos identificados
Agilidade na extração de quantitativos
Possibilidade de visualização do processo executivo
Maior assertividade no planejamento e rapidez nas revisões de projeto
Aspectos a aperfeiçoar
Alinhamento de linguagem entre os diferentes agentes. O modelo 3D precisa ser produzido conforme as necessidades das etapas e equipes subsequentes (planejamento, execução etc.)
O desenvolvimento de bibliotecas ainda demanda muitas horas-homem
Divulgação: CCDI
Jurubatuba Empresarial
Local: São Bernardo do Campo (SP) 
Ano de construção: 2014 
Construtora: Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário
Softwares utilizados: software próprio + pacote de nove softwares, entre eles, BIM Field 360, Revit, Navisworks (Autodesk) e Primavera (Verano)
BIM no canteiro
Em caráter piloto, a Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário (CCDI) vem testando um sistema para integrar sede, escritório e canteiro por meio de uma plataforma BIM. Nas obras do Jurubatuba Empresarial, o engenheiro da obra, com o apoio de um tablet, pode carregar informações do modelo 3D pelo canteiro e introduzir dados recém-extraídos na obra para municiar as equipes de planejamento. A informação pode ser desde um dado sobre o progresso de um serviço ou a detecção de alguma dificuldade em trecho que exigirá a colocação de outra frente de serviço. "Desde o início do trabalho percebemos que a assertividade e a velocidade da tomada de decisão ficaram maiores", diz o engenheiro Luiz Augusto Lervolino Pereira, diretor de Engenharia e Sistemas de Gestão da CCDI.
Ganhos identificados
Informações mais acessíveis e com atualizações sincronizadas entre escritório e canteiro
Maior agilidade para a tomada de decisão pela equipe de planejamento
Melhor rastreabilidade do controle da qualidade, que antes era feito em papelMelhor rastreabilidade do controle da qualidade, que antes era feito em papel
Aspectos a aperfeiçoar
Infraestrutura para tráfego de dados e estabilidade da rede
Interação entre os diferentes softwares
Capacitação das equipes de produção
Produção enxuta
Divulgação: Concremat
Fábrica da BMW
Local: Araquari (SC)
Ano de construção: 2014/2015
Construção: Perville 
Gerenciamento e fiscalização: Concremat
Softwares e aplicativos utilizados: Revit, Syncro, Team Member, Primavera (Oracle)
Com uma área total de 1,5 milhão de metros quadrados, a obra da fábrica da BMW em Araquari (SC) combinou as metodologias Lean Construction e BIM. A modelagem 4D foi utilizada na análise de possíveis problemas de construção ainda na fase de modelagem virtual. Ivo Shimoide, coordenador de novas tecnologias da Concremat Engenharia, conta que o BIM 4D foi útil também para acompanhar a produção dos pré-fabricados, cruciais para a evolução da obra. Por meio da representação gráfica, era possível saber se o elemento estrutural estava em produção (se aparecia transparente no modelo 3D) ou se estava pronto para a montagem (se aparecia cinza), desencadeando toda a logística necessária para as etapas seguintes. A obra utilizou, também, um aplicativo que permitia atualizar o status e o cronograma da obra remotamente por meio de tablets.
Ganhos identificados
Maior assertividade na elaboração do planejamento
Visualização gráfica de diferentes possibilidades de programação e planejamento
Atualização constante do cronograma
Aspectos a aperfeiçoar
Comunicação entre departamentos e processos
Interação entre as ferramentas
Planejamento integrado
O Verum Mooca é composto por 108 unidades residenciais distribuídas em torre única. Fernando Corrêa da Silva, diretor da Sinco, conta que as informações IFC oriundas dos diversos softwares de projetos de arquitetura e estrutura foram importadas sem maiores problemas pelo software de planejamento. "A solução permitiu melhor controle visual da obra, comparando o previsto e o realizado. Isso mudou a dinâmica das reuniões de controle mensais da diretoria com as obras, por exemplo", comenta. No Verum Mooca o BIM foi utilizado, entre outras funções, para simular etapas de execução, subsidiar o planejamento da logística do canteiro e extrair quantitativos.
Ganhos identificados
Melhor visualização do planejamento e compreensão das relações entre as atividades
Confiabilidade das informações do modelo
Maior assertividade no acompanhamento e no replanejamento
Aspectos a aperfeiçoar
Acompanhamento junto à produção (gestão de mão de obra e de material)
Ajustes nas curvas de balanço, de forma a permitir a visualização da produção do novo plano de ataque, associada a um novo custo gerado
Divulgação: Brookfield Incorporações
Alpha Sigma Towers 
Local: São Paulo 
Ano de construção: 2013-2016
Construtora: Brookfield Incorporações 
Arquitetura: Botti & Rubin
 
Consultoria: Leonardo Manzione/ Coordenar Consultoria de Ação
 
Softwares utilizados: Solibri Model Checker, Autodesk Revit, MS Project; Synchro
Complexidade geométrica
O conjunto Alpha Sigma Towers, em construção na zona Sul de São Paulo, é um empreendimento multiuso de grande porte, formado por duas torres - Torre Alpha (30 pavimentos) e Torre Sigma (28 pavimentos) - de geometria complexa, com pilares inclinados e lajes de dimensões variáveis. Para entender melhor o processo construtivo, a Brookfield Incorporações decidiu criar uma versão em BIM com ajuda do consultor Leonardo Manzione. Em cerca de três meses, o edifício virtual foi concebido e o modelo associado ao planejamento já feito em MS Project. A partir daí, a visualização de cada etapa da obra ficou mais clara, permitindo à equipe de planejamento otimizar alguns aspectos da proposta original. Segundo Gabriel Meneghin, superintendente de Construção da Brookfield Incorporações, a solução ajudou, por exemplo, na escolha do melhor método executivo de escoramento e reescoramento. "O BIM permite fazer um orçamento mais assertivo, e a construtora estuda a possibilidade de implementar a ferramenta em projetos futuros", afirma Meneghin.
Ganhos identificados
Melhor visualização do processo de construção
Melhor acompanhamento do cronograma de obras
Antecipação de problemas de interferências entre as disciplinas
Aspectos a aperfeiçoar
Melhoria da sinergia do projeto com o planejamento de custos, visando à maior assertividade do orçamento do projeto
Contribuição de equipes de execução na elaboração do planejamento

terça-feira, 26 de maio de 2015

Instituições de ensino apostam em realidade aumentada

Por Indústria Hoje

Instituições de diferentes vertentes, do ensino tradicional às escolas técnicas e de idiomas, já estão inserindo a realidade aumentada na rotina de seus alunos.
realidade grd
Apontar um smartphone para o livro didático e interagir com conteúdos animados que parecem sair da tela, mesclando elementos virtuais aos ambientes reais. Essa é a tecnologia que vem sendo adotada por muitas instituições de ensino brasileiras para reter a atenção dos alunos a melhorar a aprendizagem. Chamada de realidade aumentada (ou RA), ela permite a visualização de conteúdos de maneira lúdica e estimula a interação com o tema da disciplina por meio de dispositivos móveis.
Instituições de diferentes vertentes, do ensino tradicional às escolas técnicas e de idiomas, já estão inserindo a RA na rotina de seus alunos. Entre elas estão Rede Salesiana, Senai PR, Colégio Positivo e BSL Idiomas. Somente a Rede Salesiana, que conta com 110 escolas em todo o Brasil, deve levar a realidade aumentada para mais de 20 mil alunos até 2017.
“A realidade aumentada permite que o aluno faça simulações com modelos 3D, conheça algumas curiosidades e ainda acesse games com o conteúdo escolar”, afirma Wellington Moscon, diretor da startup curitibana Eruga, que desenvolve soluções educacionais utilizando realidade aumentada.“Para explicar a formação do Sistema Solar, por exemplo, é possível manipular os planetas e comparar os seus tamanhos, posicioná-los na sequência correta e observar a órbita de cada um em torno do Sol”, detalha Wellington. “Promover a experimentação é a principal motivação das escolas que estão adotando essa tecnologia”, complementa.
A tecnologia de realidade aumentada está sendo levada para as escolas brasileiras pela startup curitibana por meio de parceria com a fabricante de equipamentos multimídia Epson do Brasil. O gerente de grupo de produtos da Epson, Eduardo Valentin Gonçalves, diz que houve interesse imediato por parte de todas as escolas que testaram a solução. “Consideramos este um projeto pioneiro no Brasil e um case internacional”, destaca.
Como é feito
O acesso a conteúdos de realidade aumentada é feito através de um software desenvolvido para este fim. No caso de conteúdos didáticos, isso se dá por meio da interpretação de marcações aplicadas ao material que já é utilizado pela escola. “Ao ser lida pelo software, essa marcação se transforma no conteúdo interativo”, explica Alex Werner, diretor de TI da Eruga.
Além de smartphones e tablets, os recursos de realidade aumentada podem ser acessados com óculos inteligentes (smart glasses), que permitem controlar os elementos digitais apenas com movimentos de cabeça do usuário. “Ao usar óculos de RA, tem-se uma experiência ainda mais imersiva e totalmente integrada ao ambiente real”, complementa Alex.
Fonte: Diário Indústria e Comércio

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Estação JR Onagawa / Shigeru Ban Architect

22
MAI
2015
Traduzido por Victor DelaquaProjetos Projetos Construídos Projetos Selecionados Estação Ferroviária OnagawaInfraestruturaJapão
Escritório:Shigeru Ban Architects
Fotógrafo:Hiroyuki Hirai

© Hiroyuki Hirai



  • Arquitetos: Shigeru Ban Architects
  • Localização: Onagawa, Onagawahama, Onagawa, Oshika, Miyagi 986-2261, Japão
  • Área: 600.0 m²
  • Ano Do Projeto: 2015
  • Fotografias: Hiroyuki Hirai
© Hiroyuki Hirai© Hiroyuki Hirai© Hiroyuki Hirai© Hiroyuki Hirai
  • Engenharia Estrutural: Hoshino Architect & Engineer
  • Engenharia Mecânica: Chiku Engineering Consalutants
  • Construtora: Toda Corporation
  • Área Total: 900.0 m²
© Hiroyuki Hirai
© Hiroyuki Hirai
Do arquiteto. Este projeto foi construído a aproximadamente 150 metros do edifício da antiga estação, destruída pelo tsunami de 11 de março de 2011.
© Hiroyuki Hirai
© Hiroyuki Hirai
Axonométrica
Axonométrica
© Hiroyuki Hirai
© Hiroyuki Hirai
O edifício de três pavimentos inclui a estação, lojas e áreas de espera no primeiro pavimento, uma instalação de águas termais no segundo e um mirante no terceiro.
© Hiroyuki Hirai
© Hiroyuki Hirai
Plantas
Plantas
© Hiroyuki Hirai
© Hiroyuki Hirai
Como símbolo de nossos pensamentos para a construção da zona afetada pelo desastre, o desenho da cobertura é inspirado na imagem de um pássaro com as asas estendidas, alçadas para um futuro brilhante.
© Hiroyuki Hirai
© Hiroyuki Hirai

9 projetos portugueses entre os finalistas dos Prêmios FAD 2015

Notícias de Arquitetura

Restaurante "Disfrutar" / El Equipo Creativo

Projetos Selecionados
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Localização aproximada, pode indicar cidade/país e não necessariamente o endereço exato.Cita:"Estação JR Onagawa / Shigeru Ban Architects" [JR Onagawa Station / Shigeru Ban Architects] 22 May 2015. ArchDaily Brasil. (Trad. Victor Delaqua) Acessado 22 Mai 2015. <http://www.archdaily.com.br/br/767157/estacao-jr-onagawa-shigeru-ban-architects>