quinta-feira, 31 de março de 2016

Dama Zaha Hadid falece aos 65 anos de idade

  • 12:00 - 31 Março, 2016
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  • ©  Steve Double
    É com pesar que informamos que a Dame Zaha Hadid, provavelmente a arquiteta mais conhecida do mundo e primeira mulher a vencer o Prêmio Pritzker de Arquitetura, faleceu hoje aos 65 anos de idade.
    Responsável por projetos como a Opera House de Guangzhou e o Centro Aquático dos Jogos Olímpicos de Londres, Hadid e seu escritório tiveram uma carreira impressionante, com projetos de grande porte em andamento por todo o mundo.
    Este ano, Hadid se tornou a primeira mulher a receber a RIBA Gold Medal, o maior prêmio de arquitetura do Reino Unido, pelo conjunto de sua obra. Além disso, Hadid foi também a única mulher a ter recebido o Prêmio Pritzker individualmente, sem dividi-lo com outro arquiteto.
    Hadid sofria de bronquite e estava internada em um hospital em Miami, quando sofreu uma parada cardíaca.
    Leia, a seguir, a declaração oficial divulgada pelo escritório Zaha Hadid Architects:
    "É com grande pesar que Zaha Hadid Architects confirma que a Dama Zaha Hadid faleceu subitamente em Miami nas primeiras horas desta manhã. Ela havia contraído bronquite no início desta semana e sofreu um ataque cardíaco quando estava internada no hospital.

    Zaha Hadid era amplamente conhecida por ser a maior arquiteta do mundo na atualidade. Nascida em Bagdá em 1950, estudou matemática na American University of Beirut antes de iniciar sua jornada arquitetônica em 1972 na Architectural Association de Londres.

    Em 1979, estabeleceu seu próprio escritório em Londres – Zaha Hadid Architects – ganhando reputação em todo o mundo com seus trabalhos teóricos inovadoras, entre os quais The Peak em Hong Kong (1983), o Kurfürstendamm em Berlim (1986) e a Cardiff Bay Opera House no País de Gales (1994).

    Trabalhando com seu sócio Patrik Schumacher, seu interesse estava na interface entre arquitetura, paisagem e geologia; que seu escritório integra através do uso de tecnologias inovadoras, frequentemente resultando em formas arquitetônicas inesperadas e dinâmicas.

    Em 2004, Zaha Hadid se tornou a primeira mulher a receber  o Prêmio Pritzker de Arquitetura. Ela também venceu duas vezes o prêmio mais prestigiado de arquitetura do Reino Unido, o RIBA Stirling Prize.

    Entre os outros prêmios de Zaha Hadid estão o Commandeur de l’Ordre des Arts et des Lettres da França, o Praemium Imperiale do Japão, e em 2012Zaha Hadid foi condecorada com o título de “Dame Commander of the Order of the British Empire”. Foi nomeada Membro Honorário da American Academy of Arts and Letterse membro do American Institute of Architecture.

    Desempenhou diversos postos acadêmicos, incluindo a Kenzo Tange Chair na Graduate School of Design de Harvard e a Sullivan Chair na School of Architecture da Universidade de Illinois. Hadid também liderou estúdios nas universidades de Columbia, Yale e de Artes Aplicadas de Viena.

    Zaha Hadid foi recentemente premiada com a 2016 Royal Gold Medal do RIBA, sendo a primeira mulher a receber individualmente a honraria. Sir Peter Cook escreveu a seguinte citação:

    “Em nossa cultura atual tentar agradar a todos, certamente Zaha Hadid é bem sucedida, sendo alguém que ‘fez contribuições significativas para a teoria e prática da arquitetura... com um conjunto de obras substancial, e vez de obras que estão atualmente na moda.’ De fato, sua obra, embora rica em forma, estilo e maneirismo, possui uma qualidade que alguns de nós poderiam se referir como sendo um ‘olhar’ impecável.

    E certamente sua obra é especial. Por três décadas, ela se aventurou por onde poucos ousariam ir: se Paul Klee faz um passeio com uma linha, então Zaha pega as superfícies que foram conduzidas por aquela linha e as leva para uma dança virtual e então, habilmente, as dobra e as leva para fora, para uma jornada pelo espaço.

    Tendo necessariamente que distribuir os esforços para a produção do estúdio, em vez de ser uma artista solitária, ela se voltou para o potencial do computador de dobrar o espaço sobre si, de forma fluida.

    Esta evolução da arquitetura “fluida” se acentuou com o passar do tempo, assim como aumentou a escala de suas comissões, mas na maioria dos casos, elas permanecerem claras em termos de identidade e controle.

    Então, estamos concedendo a ela esta Medalha como uma Instituição Britânica - e como uma Dame Commander of the Order of the British Empire [Dama Comandante da Ordem do Império Britânico]: assim, ela pode parecer ser um membro de nosso Estabelecimento Britânico.

    Talvez seja um pouco solitário quando se está no topo, cercada por alguns talentos brilhantes em seu escritório, mas um tanto temida e distante dos mais jovens. No entanto, em particular, Zaha é brincalhona e divertida, genuinamente interessada no trabalho de colegas talentosos que fazem arquitetura muito diferentes, como Steven Holl, e ela também foi a primeira a trazer a Londres talentos como Lebbeus Woods e Stanley Saiotowitz. Ela é excepcionalmente leal a seus velhos amigos: muitos dos quais são da época do Alvin Boyarsky na Architectural Association: o que parece ser sua zona de conforto e período de ouro quanto às amizades.

    A história da Gold Medal certamente inclui figuras importantes que lideram grandes firmas, e ainda se pondera sobre as operações envolvidas em realizar obras tão fortes como o MAXXI em Roma – onde o poder da organização está tão claro, ou o Centro Aquático para os Jogos Olímpicos de Roma. E ela fez isso de novo e de novo em Viena, Marseille, Pequim e Guangzhou. Ela nunca fora tão prolífica, tão consistente. Sabemos que Kenzo Tange ou Frank Lloyd Wright podem não ter desenhado todas as linhas ou checado cada junção, todavia, Zaha compartilha com eles o preciso papel de atrair as atenções, uma influência distinta e implacável sobre todos ao seu redor. Tal autoconfiança é facilmente aceita em cineastas e treinadores de futebol, mas faz com que alguns arquitetos se sintam desconfortáveis, talvez tenham um ciúme secreto de seu inquestionável talento. Vamos encarar, poderíamos ter dar a medalha a alguma personalidade confortável que a merecesse. Não fizemos isso, demos a medalha a Zaha: maior que a vida, ousada, desavergonhada e certamente adequada.

    Nossa heroína.

    Quão sortudos somos por tê-la em Londres.”
    Via BBC e ZHA

    sábado, 12 de março de 2016

    Começa primeira etapa de reconstrução do Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo

    Publicado por PiniWeb

    Prevista para durar 10 semanas, fase pretende liberar as entradas principais da Estação da Luz para os usuários do Metrô e da CPTM

    Luísa Cortés, do Portal PINIweb
    11/Março/2016

     
    Foi iniciada na última terça-feira (8) a nova etapa de reconstrução do Museu da Língua Portuguesa, no bairro da Luz, em São Paulo, que durará 10 semanas, aproximadamente. A edificação sofreu um incêndio no dia 21 de dezembro do ano passado.
    O objetivo dessa fase é liberar as entradas principais da Estação da Luz da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) - interditadas pela Defesa Civil - e a preparação do conjunto arquitetônico para a segunda etapa, de restauro e recuperação. Desde a liberação da estação, em 30 de dezembro, os cerca de 400 mil usuários diários do metrô e da CPTM usam os acessos da Rua Cásper Líbero e à frente da Pinacoteca.
    Estão previstos a impermeabilização das lajes expostas, a instalação de sistemas de drenagem e a construção de uma sobrecobertura provisória, com o objetivo de evitar a infiltração de água de chuva no edifício. O investimento é de R$ 1,8 milhão, quantia que será coberta pelo seguro do museu. A intervenção já foi aprovada pelos três órgãos do patrimônio histórico - Iphan, Condephaat e Conpresp – uma vez que a Estação da Luz é tombada nas três esferas.
    O incêndio ocorrido em 21 de dezembro deixou um morto: o bombeiro civil Ronaldo Pereira da Cruz. Em janeiro, foi assinado um convênio entre a Secretaria da Cultura, a Fundação Roberto Marinho e a organização social ID Brasil para a reconstrução da instituição.
    Enquanto permanece fechado, o museu continua a expor o seu arquivo em outros locais. Desde a semana passada, por exemplo, parte do acervo está em exposição em Araraquara.
    Inaugurado em 2006, o Museu da Língua Portuguesa recebeu 10 milhões de visitantes em seus quase 10 anos de atividade. A previsão é de que as obras de reparo sejam concluídas até o fim de junho.
    Histórico
    O edifício, que compõe um complexo do século 19 também formado pela Estação Luz da CPTM, foi concebido em espaços de 4.333 m² antes ocupados pelos escritórios administrativos da estação multimodal com projeto arquitetônico de Pedro e Paulo Mendes da Rocha, e inaugurado em março de 2006 pela Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo e a Fundação Roberto Marinho.
    A um custo de R$ 37 milhões, o projeto de restauro conseguiu criar espaços para receber a mais alta tecnologia em um edifício centenário, símbolo da industrialização paulistana e tombado pelo patrimônio histórico nacional. Respeitando integralmente a fisionomia externa da construção, os arquitetos dotaram o prédio de infraestrutura moderna com computadores, sistema de ar-condicionado e elevadores, seguindo um novo conceito, totalmente virtual, e empregando formas diferenciadas de comunicação com o público.
    O projeto contemplou ainda a restauração de 4.230 m² de fachada, 2.550 m² de cobertura, 178 esquadrias, 400 elementos artísticos, como rosáceas, folhas de acanto, balaústres e pináculos e a caixa do grande relógio.
    Um dos principais desafios enfrentados pela dupla na concepção do projeto foi a separação dos acessos da estação e do museu, que tem 14 metros de largura e 120 metros de comprimento. Para isso, foram criadas entradas dispostas nas extremidades leste e oeste do edifício, que receberam coberturas de cristal semelhantes às empregadas por Paulo Mendes da Rocha na intervenção feita na Pinacoteca do Estado.
    Além de galerias para exposições permanentes e temporárias, escritórios, salas multimídia e camarins, o museu abrigava um auditório multiuso com capacidade para 166 lugares.

    sexta-feira, 11 de março de 2016

    Henning Larsen Architects assina projeto de tenda que será implantada nas areias de Ipanema durante a Olimpíada

    Por PiniWeb

    Projeto temporário, do governo da Dinamarca, contará com eventos esportivos e culturais

    Luísa Cortés, do Portal PINIweb
    10/Março/2016


    O escritório Henning Larsen Architects foi escalado para a concepção de uma tenda que a Dinamarca pretende implantar nas areias de Ipanema, no Rio de Janeiro, durante a Olimpíada. O espaço deve acomodar uma programação repleta de esportes, exposições, música, comida e eventos que serão abertos ao público.
    A tenda terá 300 m² e foi concebida com uma estrutura simples. É composta por quatro seções de perfil metálico cobertas por lonas brancas. As quatro estruturas serão conectadas por um acrílico em formato de cruz. O espaço é organizado em torno de um bar, uma sala de imprensa, uma exposição sobre cidades sustentáveis e um anfiteatro de onde os visitantes poderão apreciar a vista espetacular ou assistir à Olimpíada em tela grande.
    O projeto simples e leve é uma referência à arquitetura nórdica e à história marítima da Dinamarca. A construção em alumínio é de John Mast, um produtor de mastros para veleiros, e toda a construção é coberta com as velas da OneSails.
    A aparência triangular também é um tributo à paisagem montanhosa do Rio, e são inspiradas no estilo do arquiteto Oscar Niemeyer.
    A empresa Martin Professional projetou uma iluminação especial de LED para clarear o local durante a noite; elas serão nas cores da bandeira da Dinamarca ou do Brasil, mas, por ser flexível, pode alterar-se, também, para as cores olímpicas ou customizada para eventos específicos na tenda.
    A tenda ficará aberta dos dias 4 ao 21 de agosto, das 11h00 às 22h00. O projeto é desenvolvido pelo Ministério dos Negócios e do Crescimento, junto ao VisitDenmark.

    quinta-feira, 10 de março de 2016

    Arquitetos paulistas vencem concurso de projetos para centro de exposição sobre sustentabilidade em Campinas

    De autoria do arquiteto Matheus Marques Rodrigues Alves, coautoria de Ricardo Felipe Gonçalves e Marcus Rosa e consultoria de Tássia Helena Teixeira Marques, projeto ampliou a discussão do que é o sustentável

    Por PiniWeb
    Luísa Cortés, do Portal PINIweb
    9/Março/2016

     
    A Prefeitura de Campinas, em São Paulo, e o Departamento de São Paulo do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-SP) divulgaram na última quarta-feira (8) o resultado do concurso público nacional de arquitetura para o projeto da Casa da Sustentabilidade, idealizado pela Secretaria do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. A proposta ganhadora é de São Paulo, de autoria do arquiteto Matheus Marques Rodrigues Alves, coautoria de Ricardo Felipe Gonçalves e Marcus Rosa e consultoria de Tássia Helena Teixeira Marques.
    O projeto destaca, como premissa, a busca pela tradução do significado social e ambiental na forma construída, demandando uma abordagem sensível e humana. O foco, segundo os arquitetos, é nas experiências do usuário, em algo que ele possa sentir e vivenciar e, por consequência, repensar a sua relação com o ambiente.
    O projeto
    O espaço é organizado em um pavilhão que concentra as atividades programáticas exigidas e a cobertura, onde é possível passear na altura da copa das árvores, e culmina em um mirante elevado que permite admirar a paisagem do Parque Taquaral.
    As exigências programáticas foram divididas em três blocos: Eventos, Reuniões e Condema. Eles encontram-se dispostos de forma linear de acordo com a restrição de acesso de cada um. A parte de serviços e instalação sanitária concentra-se em dois anexos que fazem parte da praça de soluções sustentáveis.
    Quanto à disposição do solo, optou-se por elevar de forma sutil o pavilhão, de forma que o seu eixo longitudinal acompanhe o leve declive do terreno, sem tocá-lo. Na porção frontal do projeto há um duplo gesto de inflexão: a cobertura se eleva em direção ao mirante e o piso se declina para acompanhar o desnível natural e acomodar o auditório, culminando no grande alpendre de acesso e exposições.
    O edifício também tem a capacidade de captar 1,8 milhões de litros de água pluvial por ano, além de gerar 26,5 mil KWh anualmente. Isso gera 498 toneladas de CO² a menos na pegada de carbono.
    A disposição linear dos ambientes contribui para uma ventilação natural mais eficiente, pois proporciona a possibilidade de aberturas operáveis em ambos os lados de cada bloco, e, assim, um cenário ideal para a ventilação cruzada, ainda mais pela diferença de temperatura entre as fachadas.
    Tais fachadas foram feitas com fechamentos translúcidos aliados a mecanismos de proteção solar, o que garante o aproveitamento da iluminação solar sem comprometer a viabilidade térmica do ambiente interno. Os dois pátios do espaço auxiliam a distribuição dessa iluminação.
    O projeto ainda prevê a utilização de grandes beirais a alpendres perimetrais, provedores da sombra que aumenta a percentagem anual de horas em conforto térmico de seus usuários.
    As amplas áreas de cobertura da tipologia proposta atuam como coletores de águas pluviais, que são armazenadas primeiro em espelho d’água técnico, filtradas e estocadas em cisternas aparentes. Essa água pode ser utilizada na irrigação de jardins, na umidificação das correntes de ar, limpeza ou, ainda, para a descarga de vasos sanitários através de sistemas de redistribuição.
    A água utilizada pelos vasos sanitários pode, ainda, passar por um processo de filtragem anaeróbica, redutora da demanda exercida sobre o sistema urbano de coleta de esgoto e gera biogás, que pode ser utilizado como forma de energia.
    Para o projeto de esgoto sanitário, entretanto, foi escolhido um sistema chamado de “zona de raízes”, no qual é feita a decantação e digestão anaeróbica dos dejetos, que, então, são encaminhados a essa zona, formada por áreas saturadas de água com vegetação adaptada a esta condição. Ali, a matéria orgânica será digerida em conjunto com micro-organismos aeróbicos na zona das raízes das plantas.
    A proposta também compreende o suprimento de 40% a 50% da demanda energética do edifício, valor que pode ser estendido a 100% com a aplicação de placas fotovoltaicas na cobertura.
    Sistema construtivo
    A estrutura é essencialmente metálica, devido à sua racionalidade, leveza, e montagem rápida e limpa, evitando resíduos de obras ambientalmente nocivos. Ela é modulada considerando-se as dimensões de 1,25 m x 1,25 m, o que garante um melhor aproveitamento e menor desperdício das peças estruturais e dos materiais de vedação e revestimento.
    O partido estrutural do pavilhão é composto por pórticos metálicos que vencem transversalmente vãos de 12,5 m, e espaçados em vãos de 6,25 m. Para interligar e travar a estrutura, elementos diagonais são posicionados entre os pilares, o que configura um sistema leve e unificado.
    Todo o edifício é sutilmente elevado no solo, o que contribui para uma abordagem menos agressiva e respeitosa ao terreno. Os pilares metálicos apoiam-se em pequenas bases cilíndricas de concreto que tocam o solo, de forma a minimizar as possíveis interferências e a garantir uma maior clareza na distinção entre a base e a malha estrutural elevada.
    As lajes são alveolares pré-moldadas, o que evita a utilização de fôrmas e escoras, e gera menos resíduos.
    As instalações sanitárias e hidráulicas estão condensadas em dois anexos externos, de modo a visar a uma maior racionalidade construtiva e autonomia para o pavilhão principal.
    Ata do concurso
    Durante a escolha do projeto vencedor do concurso, os membros da comissão julgadora Cezar Capacle, João Batista Giacomello Siqueira, João Manuel Verde dos Santos, Newton Massafumi Yamato e Rodrigo Mindlin Loeb divulgaram, na ata do concurso, comentários sobre os finalistas, e, em especial, sobre projeto vencedor.
    Segundo eles, a “delicadeza e a elegância com que o edifício pousa sobre o terreno revela a postura de profundo respeito pelo entorno adotada no partido. A racionalidade construtiva e de organização espacial é legível em todos os seus elementos. A distribuição do programa é generosa e democrática: todos os pontos do programa receberam a mesma atenção cuidadosa e tanto usuários ocasionais da Casa como seus funcionários fixos poderão desfrutar das amenidades que o prédio oferece”.
    Ainda destacaram que a proposta resolve com excelência os principais desafios colocados pelo concurso. “O projeto promoveu mesmo uma ampliação da discussão do que é uma construção sustentável. Para além de sua materialidade, o ideal de inclusão, de respeito, de fluidez e de contemplação se incorporam em uma solução coesa, simbólica sem ser monumental, marcante sem ser caricata”.
    Sobre o projeto de sustentabilidade, “uma edificação que se pretende sustentável desde o momento em que o primeiro traço pousou sobre o papel até o momento em que o primeiro cidadão adentrar e contemplar os seus espaços construídos”, afirmaram.
    Por fim, “trata-se de um projeto que resgata a dimensão humana em seu papel original: não colocando o homem como elemento dominador, que dobra, molda e subjuga a natureza à sua vontade, mas como mais um elemento que se integra em harmonia com o ambiente em que está inserido - e isso, sim, é uma construção sustentável”, elogiou a comissão julgadora.
    Outros vencedores
    Em segundo lugar no concurso, o projeto 131 de autoria de Luís Mauro Freire e coautoria de Henrique Fina, Marcelo Luís Ursini, Maria do Carmo Vilariño e Jonathas Magalhães da Silva. Em terceiro lugar, o projeto 59, de autoria de Tais Cristina da Silva, Cassio Oba Osanai, Gabriel Cesar e Santos e Paulo Roberto dos Santos.
    Além de contar com três vencedores, o concurso distribuiu cinco menções honrosas e sete destaques:
    MENÇÃO HONROSA – PROJETO: 41
    Autor: Renato Dal Pian
    Coautora: Lilian Dal PIan
    Colaboradores: Carolina Tobias e Luis Taboada
    Consultor: Ernani Peruzzo
    São Paulo – SP
    MENÇÃO HONROSA – PROJETO: 84
    Autor: Rafael Gazale Brych.
    Coautores: Alexandre Hepner e João Paulo Payar.
    Colaboradores: Felippe Duca e Pedro Barretto Veiga.
    Consultores: Eleazar Hepner.
    São Paulo – SP
    MENÇÃO HONROSA – PROJETO: 100
    Autor: Arthur Eduardo Becker Lins.
    Coautores: Caique Schatzmann, Eduardo Leite Souza, Felipe Cemin Finger, Gustavo Prado Fontes e Vitor Sadowski.
    Colaborador: David Sadoeski.
    Consultor: Rovy Pessoa Ferreira.
    Florianópolis – SC
    MENÇÃO HONROSA – PROJETO: 138
    Autor: Pedro Ivo Cordeiro Freire.
    Coautor: Simon Le Rouic.
    Colaboradores: Camille Reis e Marina P. Smit.
    Consultores: Tien-Hung Hwang – Moz Paysage.
    São Paulo – SP
    MENÇÃO HONROSA – PROJETO: 221
    Autor: Nonato Veloso.
    Coautores: Luciana Saboia, Bruno Campos e Cláudia Amorim.
    Colaboradores: Hugo Aragão e Mateus Reis.
    Consultores: Anna Albano, Sahra Lemos, Ricardo Trevisan, Paula Farage, Veridiana Goulart e João Walter.
    Brasília – DF
    DESTAQUE – PROJETO: 49
    Autor: Lucas Fehr
    Coautor: Guilherme Lemke Motta
    Consultores: Karyn Rodrigues, Bruno Scalet, Gabriele do Rosario, Dyego Digiandomenico e Henrique Fischer.
    Equipe: Alice Torres, Bruna Aoki, Pedro Pasquali e Pedro Lindenberg.
    São Paulo – SP
    DESTAQUE – PROJETO: 79
    Autor: Maria Cristina Motta, João Rangel Crissiuma e Luis Eduardo Loiola.
    Colaboradora: Gabriela Lira Dal Secco.
    Consultores: Marco Passarelli, Ricardo Cardim, Camila Schmidt, Virginia Dias Azevedo Sodré, Alvaro Diogo Sobral Teixeira e Alan Dias.
    São Paulo – SP
    DESTAQUE – PROJETO: 81
    Autores: Leonardo Shieh, Jörg Spangenberg, Leandro Ishioka, Ricardo Cubellas Azevedo e Shieh Shueh Yau.
    Colaboradora: Priscila Dianese.
    São Paulo – SP
    DESTAQUE – PROJETO: 92
    Autor: Vinicius Miranda de Figueiredo.
    Coautores: Vitor de Luca Zanatta, Henrique Wosiak Zulian e Talita Anelize Broering.
    Colaboradora: Lucy Henriques Lobato.
    Consultor: Ricardo Valente Neto.
    São Paulo – SP
    DESTAQUE – PROJETO: 189
    Autor: Gustavo Araújo Penna.
    Coautores: Laura Resende Penna de Castro, Norberto Bambozzi da Silveira e Oded Stahl.
    Colaboradores: Bárbara Novais, Ivan Rimsa e Raquel Resende.
    Equipe: Alice Flores, Eduardo Magalhães, Fernanda Tolentino, Gabriel Barbosa, Henrique Neves, Jordana Faria, Julia Salgado, Letícia Carneiro, Naiara Costa, Patrícia Gonçalves, Paula Sallum, Raquel Moura e Sarah Fernandes.
    Belo Horizonte – MG
    DESTAQUE – PROJETO: 204
    Autor: Franthesco Spautz.
    Coautores: Jorge R. P Dombrowski, Paola Maia Fagundes e Taiane Chala Beduschi.
    Colaborador: Eduardo de Araújo Fraga.
    Consultor: Flávio Escobar Nogueira da Gama.
    Porto Alegre – RS
    DESTAQUE – PROJETO: 231
    Autor: Glauco Assumpção Pachalski.
    Coautor: Rodrigo Spinelli e Luciana Schnorr.
    Consultores: Rafael Mascolo e Hilton Fagundes.
    Equipe: Bruno Cavalleri e Ândrio Vicari.
    Porto Alegre – RS

    terça-feira, 8 de março de 2016

    Criado por Santiago Calatrava como uma pomba branca, novo centro de transportes do World Trade Center é aberto

    Com 74,3 mil m², estação será a terceira maior da cidade, com ligação a 11 linhas de metrô. Obra custos quatro bilhões de dólares

    Luísa Cortés, do Portal PINIweb
    4/Março/2016

    Foi inaugurada na última quinta-feira (3) a estação de metrô World Trade Center Transportation Hub, projetada pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava. O local tem como função ligar os usuários ao Brookfield Place, torres 1,2,3 e 4 do empreedimento; ao Fulton Street Transit Center e às linhas 1, A, C e R do metrô de Nova York. O espaço deve atender cerca de 250 mil pessoas por dia.
    Com 74,3 mil m², o World Trade Center Transportation Hub será o terceiro maior centro de transportes na cidade, rivalizando com a Grand Central Station em questão de tamanho. É localizado a leste no posto original das Torres Gêmeas do World Trade Center, e substitui o Port Authority Trans-Hudson (PATH), destruído em 11 de setembro de 2001.
    Apesar de sugestivos motivos de diferentes tradições (a mandorla Bizantina, as asas do querubim sobre o Ark of the Convenant, ou as acolhedoras asas das urnas egípcias), para o arquiteto, as formas da estação podem ser resumidas na imagem de um pássaro libertado das mãos de uma criança.
    O “Oculus”, que é o saguão principal da edificação, foi considerado o principal espaço do projeto. O local visa se tornar um espaço de pausa entre as torres comerciais densas, ligando a espaços verdes que se estendem pelo City Hall Park ao adro de St. Paul, pela praça do WTC Transportation Hub aos jardins do Memorial and Battery Park, pelo Hudson. Ele é composto por vigas de aço e vidro dispostas em uma forma larga e elíptica. Tais vigas estendem-se, de forma a criar duas coberturas sobre as porções norte e sul do espaço.
    As vigas crescem de dois arcos de 106 metros de altura, que se encontram ao lado do eixo central do projeto. Entre eles, uma escotilha operável de 100 metros revela um pedaço do céu de Nova York, e é aberta em dias com temperatura agradável, assim como, anualmente, em 11 de setembro.
    O óculo ainda permite que iluminação natural durante o dia transborde o local. Durante a noite, o prédio iluminado funcionará como uma lanterna para a vizinhança. Calatrava fala da luz como um elemento estrutural em seu projeto, dizendo que o prédio é amparado por “colunas de luz”.
    O acesso à construção se dará pelas Church e Greenwich Streets, através dos lados leste e oeste do óculo.
    Os patamares de escadas de entrada balançam pela praça principal, chamada Transit Hall. Escadas, elevadores e escadas rolantes garantem acesso aos andares mais altos e mais baixos. O pátio mais baixo está, aproximadamente, 10 metros abaixo do nível da rua, e 48 metros abaixo da escotilha. O espaço elíptico sem colunas tem, aproximadamente, 106 metros de comprimento por 35 de largura.
    A obra é seccionada pela linha 1, que passa sob o Greenwich Street. O serviço oferecido aos frequentadores do local inclui passagens de metrô e controle de tarifa. O centro de transportes será responsável por conectar os visitantes a 11 linhas de metrô distintas, o que deve garantir o seu lugar como maior rede integrada de conexões subterrâneas para pedestres da cidade de Nova York.
    A construção é orçada em quatro bilhões de dólares.

    quinta-feira, 3 de março de 2016

    Pesquisador brasileiro cria projeto de recuperação ambiental em siderúrgicas

    Pesquisa de Bruno Vidal, bolsista do CNPq, visa compensar gasto energético em reatores industriais das siderúrgicas.
    siderurgica-aco
    O pesquisador brasileiro Bruno Vidal, bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), desenvolveu uma tese de doutorado para ajudar a elevar a vida útil dos chamados refratários – materiais utilizados na produção de aço em grandes usinas siderúrgicas.
    As panelas de aciaria são reatores industriais usados para o refino secundário do aço. Cada panela possui cerca de 90 toneladas de refratário e transportam cerca de 230 toneladas de metal liquido com temperaturas próximas à 1600 °C.
    O projeto, intitulado “O Despertar do Gigante”, foi desenvolvido para elevar o conhecimento sobre os refratários, com a finalidade de gerar subsídio técnico-científico para elevar o tempo de uso destes revestimentos, gerando benefícios ambientais, sociais e econômicos.
    “Durante o processo de refino do aço ocorre simultaneamente processos de oxidação/corrosão/choque térmico do revestimento refratário, causando a redução da vida útil do revestimento e favorecendo a elevada geração de resíduo refratário. Cada panela gera ao longo de sua campanha cerca de 40 toneladas de resíduos refratários, sendo que cada panela possui um ciclo de vida de revestimento refratário de 100 ciclos de produção de aço em aciarias com ótimo desempenho”, explicou Bruno.
    Durante o período de desenvolvimento da tese, houve a produção e plantio de mais de 3.500 mudas de árvores nativas, implementação de duas hortas comunitárias agroecológicas na cidade de Lorena (SP), realização de diversas oficinas sustentáveis de formação em Permacultura (compostagem doméstica, sabão com óleo usado, recuperação da vida do solo, entre outros), formação ambiental por meio de vivências na Floresta de Lorena de mais de 200 crianças e de professores da rede municipal de Lorena.
    Fonte: Portal Brasil 

    terça-feira, 1 de março de 2016

    Novas unidades de inovação industrial receberão R$ 100 milhões

    Publicado por Indústria Hoje

    Precisamos estimular o setor industrial a inovar e potencializar a força competitiva das empresas tanto no mercado interno como no mercado internacional.
    Inovação Industrial
    A Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) vai investir R$ 100 milhões em projetos de inovação industrial. Os recursos serão repassados a sete novas unidades selecionadas na Chamada 02/2015, cujo resultado foi divulgado nesta segunda-feira (29). Com os novos credenciamentos, subirá para 28 o número de unidades da Embrapii.
    O processo seletivo cujo resultado foi divulgado agora teve início em agosto de 2015 e recebeu 57 propostas, no valor total de R$ 1,08 bilhão. Após análise das propostas, foram selecionadas sete unidades para o desenvolvimento de projetos nas áreas de Internet das Coisas; equipamentos para internet e computação móvel; tecnologias metal-mecânica; comunicações digitais; materiais de construção; computação gráfica; e sistemas computacionais.
    Com esta nova chamada, divulgada em dezembro passado, a Embrapii vai investir, este ano, R$ 229 milhões em projetos de inovação. Este valor é apenas parte da contrapartida, que ainda contará com os recursos das unidades e empresas parceiras, totalizando R$ 687 milhões.
    “A grande vantagem deste modelo de negócios é a redução de risco de investimento das empresas e agilidade na aplicação dos recursos, sem burocracia. Precisamos estimular o setor industrial a inovar e potencializar a força competitiva das empresas tanto no mercado interno como no mercado internacional”, destaca o diretor-presidente da Embrapii, Jorge Guimarães.
    A empresa pode investir até um terço das despesas das unidades com projetos de PD&I com empresas, enquanto o restante é dividido entre a empresa parceira e a unidade. Entre dezembro de 2014 e dezembro de 2015 foram firmados 72 projetos no valor total de R$ 126,7 milhões. O valor do contrato é de R$ 1,5 bilhão até 2018.
    Fonte: Portal Brasil