sábado, 29 de agosto de 2015

Material fica seco mesmo embaixo d'água

Por Redação do Site Inovação Tecnológica -  

Material fica seco mesmo embaixo d'água
O material ficou seco durante os quatro meses que duraram o experimento. [Imagem: Konrad Rykaczewski]
Super-hidrofobicidade

Paul Jones, da Universidade Northwestern (EUA), descobriu como fazer com que superfícies aparentemente lisas fiquem inteiramente secas mesmo quando mergulhadas na água.
Se a técnica puder ser ampliada para escalas maiores, seu impacto poderá alcançar quase toda a indústria.
É possível imaginar, por exemplo, cascos de navios com um mínimo de arrasto, e tubulações nas quais os fluidos - de água a petróleo - correm quase sem atrito.
Vapor espontâneo
A técnica em si não é nova, consistindo na criação de microestruturas no material que tornam sua superfície super-hidrofóbica, ou seja, com uma capacidade para repelir fortemente a água.
A novidade é que Paul Jones descobriu a rugosidade correta para que a superfície mantenha-se seca por longos períodos de tempo mesmo quando totalmente mergulhada na água, o que ocorre porque se forma espontaneamente uma camada de vapor que impede que a água toque o material.
Os experimentos duraram quatro meses, sem sinais de perda de capacidade da super-hidrofobicidade do material.
"O truque é usar superfícies rugosas com as dimensões e a química correta para promover a formação de vapor," explicou o professor Neelesh Patankar, coordenador da equipe.
Evaporação ou efervescência
O mecanismo de aprisionamento do vapor, que impede que a água entre em contato direto com a superfície, ainda não é bem compreendido pelos cientistas, que acreditam que a dimensão na casa dos micrômetros é parte essencial do fenômeno, uma vez que a super-hidrofibicidade desaparece quando a dimensão das rugosidades desce para a escala dos nanômetros.
"Quando os vales têm cerca de um micrômetro de largura, bolsões de vapor de água se acumulam no material por evaporação ou efervescência, exatamente como uma gota de água evapora sem precisar ferver. Esses bolsões de gás defletem a água, mantendo a superfície seca," acrescentou.

Bibliografia:

Sustaining dry surfaces under water
Paul R. Jones, Xiuqing Hao, Eduardo R. Cruz-Chu, Konrad Rykaczewski, Krishanu Nandy, Thomas M. Schutzius, Kripa K. Varanasi, Constantine M. Megaridis, Jens H. Walther, Petros Koumoutsakos, Horacio D. Espinosa, Neelesh A. Patankar
Nature Scientific Reports
Vol.: 5, Article number: 12311
DOI: 10.1038/srep12311

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Eco-Torres: Moda arquitetônica ou futuro das cidades?

Por Redação do Site Inovação Tecnológica -  

Eco-Torres: Moda arquitetônica ou futuro das cidades?
As duas torres da Floresta Vertical (Bosco Verticale), em Milão, destoam da aparência tradicional de vidro e concreto dos edifícios.[Imagem: Kheir Al-Kodmany]

Prédios verdes
"Uma nova geração de arranha-céus verdes poderia ajudar a aliviar as mudanças climáticas em todo o mundo."
Quem afirma é Kheir Al-Kodmany, professor de planejamento e políticas urbanas da Universidade de Illinois, em Chicago.
Segundo o arquiteto, conforme prédios cada vez mais altos servem mais pessoas e exigem mais do meio ambiente e da infraestrutura, qualquer melhoria na sua concepção e construção vai beneficiar as cidades.
"O longo ciclo de vida de um arranha-céu justifica o custo inicial de características verdes, sejam elas incorporadas em edifícios novos ou na adaptação de edifícios antigos", defende Al-Kodmany.
Para isso é necessário o uso de novos materiais e tecnologias, a maioria já disponível, com potencial para tornar as ecotorres mais comuns na paisagem das cidades.
Essas tecnologias, segundo Kodmany, incluem madeiras comprimidas resistentes ao fogo prontas para serem usadas em edifícios de até 30 andares, supercabos de carbono para elevadores extremamente altos e heliostatos, espelhos computadorizados que maximizam a luz refletida.
Além, é claro, dos tradicionais jardins verticais.
Eco-Torres: Moda arquitetônica ou futuro das cidades?
Exoesqueleto do prédio O-14, em Dubai, projetado para fazer sombra e diminuir o consumo de energia do ar condicionado. [Imagem: Reiser + Umemot]
Ecotorres ecoicônicas
Al-Kodmany afirma que as ecotorres poderão prevalecer entre os novos projetos, apesar de restarem muitas dúvidas sobre seu potencial de comercialização e das eventuais alterações necessárias nas regulamentações e nas normas técnicas sobre construção civil.
"O aumento da demanda irá moldar o futuro," defende ele. "Em última análise, a ecotorre que incorpora a tecnologia de uma era, a cultura local e o meio ambiente, mantendo a viabilidade econômica, irá definir o caminho."
O especialista em urbanismo afirma que a tecnologia verde está impulsionando "novas estéticas", e ele chama alguns arranha-céus inovadores de "ecoicônicos".

"Um edifício alto é uma parte integrante da infraestrutura da cidade," diz ele. "O verdadeiro arranha-céus verde é aquele que forma relações simbióticas com os aspectos sociais, econômicos, ambientais e de transporte do seu contexto urbano."

domingo, 23 de agosto de 2015

Unilever investirá R$ 1,1 bilhão no Brasil até 2017

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Universidade Federal do Rio de Janeiro inaugura o maior estacionamento solar do País

Por PiniWeb

Com 651 m² e 414 placas fotovoltaicas, projeto tem capacidade para gerar energia para até 70 residências

Kelly Amorim, do Portal PINIweb
19/Agosto/2015



Com 651,64 m², o estacionamento localizado no prédio anexo do Centro de Tecnologia da universidade tem 65 vagas para carros e demandou investimentos de R$ 1,6 milhão.
A previsão é de que a iniciativa, integrada à rede pública de distribuição de energia da concessionária Light, viabilize a economia de até R$ 63 mil por ano na conta de luz da instituição de ensino.
O projeto é constituído por uma rede elétrica de baixa tensão para conexão à rede pública, sistema de proteção e monitoramento e conexões e interfaces de comunicação. Além da redução na conta de energia e a inserção de fonte de energia limpa na matriz energética, a iniciativa ajudará na redução do aquecimento global, deixando de emitir anualmente na atmosfera aproximadamente 70 toneladas de dióxido de carbono (CO2).
Os recursos para viabilizar a implantação do projeto são do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que a universidade pagaria na conta de luz. Após um acordo com o Governo do Estado, a universidade foi isenta do pagamento do tributo, que somaria R$ 14 milhões por ano, desde que usasse o dinheiro para a execução de projetos sustentáveis e de eficiência energética.
A previsão é de que, até o início de 2016, outro telhado solar seja instalado no hospital pediátrico da UFRJ. Os painéis deverão ter o dobro da capacidade de geração de energia do estacionamento.

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Moedas da América Latina desabam, mas investidor não desiste da região

Postado por Indústria Hoje, Escrito por: Vivian Fiorio em 19/Aug/2015

As moedas dos principais países da América Latina estão se desvalorizando diante da desaceleração do crescimento na China e dos receios ligados à alta que o banco central americano está prestes a realizar na sua taxa básica de juros.
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As moedas dos principais países da América Latina estão se desvalorizando diante da queda dos preços das commodities, da desaceleração do crescimento na China e dos receios ligados à alta que o banco central americano está prestes a realizar na sua taxa básica de juros.
A América Latina tem estado na linha de frente de uma liquidação global nos mercados emergentes em antecipação ao esperado aumento dos juros nos Estados Unidos, por sua vez uma consequência da melhora da economia americana. Juros baixos nos EUA levaram os investidores a migrar para os mercados emergentes, atraídos por rendimentos mais altos e a promessa de lucro com ativos em moedas estrangeiras.Este ano, o peso colombiano perdeu 21% de seu valor ante o dólar, que atingiu uma cotação recorde na Colômbia, enquanto o peso chileno e o peso mexicano se desvalorizaram 12,3% e 10,1%, respectivamente. O real teve uma queda ainda maior até agora em 2015, de 23,4%.
Muitas economias da região também dependem muito da exportação de commodities e, assim, da força econômica da China, que nos últimos anos tem sido uma grande consumidora de matérias-primas.
Essa última onda de desvalorização cambial foi deflagrada, em parte, pela retração da moeda chinesa na semana passada. Um yuan mais fraco afeta a capacidade da China de comprar commodities produzidas na América Latina, como cobre e petróleo.
A China é a maior consumidora do cobre do Chile, enquanto Colômbia e México também vendem uma quantidade significativa de petróleo para o país asiático. Na segunda-feira, os preços dos futuros de cobre e petróleo caíram para seus menores níveis em seis anos, em meio aos temores de queda no crescimento da China.
No Brasil, o cenário internacional só agrava uma situação que já era ruim. Uma desaceleração significativa da economia, somada aos efeitos do vasto escândalo de corrupção na Petrobras, levaram o país à sua pior recessão em mais de 20 anos.
“Essas turbulências têm realmente se concentrado nas moedas latino-americanas”, diz Nick Verdi, estrategista de moedas estrangeiras da Standard Chartered Bank em Nova York.
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As moedas dos mercados emergentes, em geral, têm perdido valor com o fortalecimento do dólar neste ano. O fraco desempenho econômico dos países em desenvolvimento, unido à perspectiva de juros americanos mais elevados, exerceu uma pressão baixista sobre as moedas. Devido à ausência de crescimento e às políticas de afrouxamento monetário dos bancos centrais, essas moedas permanecerão sob pressão à medida que o Fed se aproxima de sua primeira alta nos juros, dizem analistas. “O que nós precisamos para estabilizar as moedas é de crescimento [na região] e, depois do crescimento, de um ciclo de aperto [monetário]. Mas provavelmente só conseguiremos isso em algum momento do ano que vem”, diz Siobhan Morden, chefe de estratégia para a América Latina do banco de investimento Jefferies & Co., em Nova York.
Alguns analistas dizem que moedas mais fracas também são o resultado do aumento do interesse dos investidores na América Latina. Alguns investidores de longo prazo compraram ações e títulos de dívida da região durante a recente recessão e, ao mesmo tempo, fizeram apostas contra as moedas como forma de se proteger de um potencial risco de queda. Esses hedges exercem uma pressão baixista sobre o câmbio.
“Você tem muitos investidores estrangeiros, até investidores locais, fazendo hedge contra exposição cambial, o que gera uma segunda rodada de desvalorização nas moedas”, diz Mario Castro, estrategista da corretora Nomura Securities para a América Latina.
Durante os primeiros sete meses do ano, a América Latina foi o maior recipiente de fluxos de investimento entre todas as regiões dos mercados emergentes, superando os asiáticos, segundo o Instituto de Finanças Internacionais. No total, os investidores estrangeiros compraram US$ 62,9 bilhões líquidos em ações e títulos de países da América Latina, ante US$ 57,8 bilhões na Ásia.
Chile e México se destacam como favoritos dos investidores na América Latina.
No Chile, os investidores têm sido confortados pela estabilidade econômica e o baixo endividamento do país, alcançado após anos de disciplina fiscal. Para ajudar a economia, o governo também é capaz de acessar um fundo de estabilização acumulado durante um longo período em que os preços das commodities permaneceram elevados.
A agência de classificação de risco da Standard & Poor’s informa que o Chile economizou cerca de 12% do seu produto interno bruto até junho de 2015. Em julho, o Chile recebeu um fluxo de entrada de investimentos de cerca de US$ 4,5 bilhões, segundo o Scotiabank. Um relatório recente da S&P afirma que a dívida líquida do governo chileno provavelmente permanecerá baixa, mesmo com planos de novas emissões de dívida nos mercados internacionais. A expectativa é que o nível da dívida líquida permaneça abaixo de 7% do PIB pelos próximos três anos.
Os investidores estão prestando atenção às recentes reformas propostas pela presidente do Chile, Michelle Bachelet, que afetaram a confiança das empresas. As reformas incluem aumento de impostos para financiar uma reforma educacional, além de planos para fortalecer sindicatos e alterar a Constituição.
No México, os investidores estão apostando que o setor exportador vai se beneficiar da recuperação na economia americana graças aos laços comerciais existentes entre os países. Enquanto isso, os spreads entre os títulos do governo mexicano e as notas do Tesouro dos EUA permanecem atraentes. No momento, o rendimento anual dos bônus de dez anos do México está 3,83 pontos percentuais acima do oferecido pelos papéis americanos equivalentes. No início de julho, a diferença era de 3,6 pontos percentuais, segundo o Banco Santander.
O capital continuou fluindo para os títulos em pesos mexicanos em julho, embora “seja importante observar o comportamento dos investidores estrangeiros nas próximas semanas, considerando a possibilidade de uma alta dos juros pelo Fed em setembro”, informou o Banco Santander em um relatório.
Os fluxos de investimentos em títulos e ações mexicanos estão positivos desde maio. Em 28 de julho, havia cerca de US$ 91 bilhões em recursos estrangeiros aplicados em títulos soberanos emitidos em pesos, cerca de 60% do total em circulação, segundo o banco central do México.
“Os investidores não parecem estar fugindo da América Latina em grandes números”, escreveu Eduardo Suarez, um dos diretores de estratégia para América Latina do Scotiabank, acrescentando esperar que as moedas se recuperem quando o Fed elevar os juros pela primeira vez e os hedges cambiais forem desfeitos. Ontem, o dólar era negociado a 691,8 pesos chilenos, 3003,6 pesos colombianos, um recorde, e 16,4 pesos mexicanos. No Brasil, o dólar fechou em R$ 3,47.
Fonte: The Wall Street Journal

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Redes de restaurantes americanas apostam no Brasil mesmo com crise

Por Indústria Hoje Postado por: Vivian Fiorio em: 17, Aug, 2015

Ansiosas por aumentar sua participação no maior mercado de restaurantes da América do Sul, muitas redes americanas estão se expandindo no Brasil, apesar do enfraquecimento da economia do país.
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Ansiosas por aumentar sua participação no maior mercado de restaurantes da América do Sul, muitas redes americanas estão se expandindo no Brasil, apesar do enfraquecimento da economia do país.
Apostando em dias melhores, as empresas americanas estão se beneficiando do mercado em queda para atrair novos franqueados, obter descontos em aluguéis e se expandir enquanto muitos operadores locais estão se retraindo. O atrativo: uma classe média estimada em mais de 100 milhões de pessoas, muitas das quais adoram comer fora e têm afinidade com marcas dos Estados Unidos.Subway, Dunkin’ Donuts, Hooters, McDonald’s,Johnny Rockets, Sbarro, Outback e Domino’s Pizza estão entre as cadeias abrindo novas unidades no país, em meio à queda nos gastos dos consumidores e o que está se tornando a primeira contração da economia brasileira desde 2009.
As dificuldades econômicas no Brasil “tornam [a empreitada] mais desafiadora, mas é também uma oportunidade”, diz Patrick Murtha, diretor-superintendente da divisão internacional da Bloomin’ BrandsInc., que é sediada na Flórida e opera a rede de churrascarias Outback no Brasil. “A economia brasileira vai melhorar e nós ficaremos em posição de tirar vantagem disso.”
Em 2015, o Outback planeja abrir doze estabelecimentos no Brasil, mais que em outros mercados extrangeiros. A Bloomin’ Brands atualmente tem 64 Outbacks e um restaurante Abbraccio Cucina Italina no Brasil, todos de propriedade da empresa, que representam cerca de 35% de sua presença internacional.
Vendas expressivas em sua unidade do Outback ajudaram a Bloomin’ Brands a registrar um lucro de US$ 32,2 milhões no segundo trimeste, 22% acima do obtido há um ano.
Vender carne no Brasil, um dos maiores produtores de carne bovina do mundo, pode parecer redundante. Mas os brasileiros desenvolveram um gosto por redes americanas de restaurantes, em parte porque viajam cada vez mais para a América do Norte. Os EUA são o principal destino internacional dos brasileiros, sendo que cerca de 2,3 milhões de pessoas visitaram o país em 2014, mais de três vezes o total de 2007, segundo dados do governo americano.
Elisama Lorenzo, 42 anos, diz que seus filhos gostam da sensação de novidade e distinção que dá comer em lugares de estilo americano. Eles recentemente foram comer hambúrgueres na nova unidade do Johnny Rockets em um shopping de São Paulo, onde a espera no almoço pode chegar a uma hora ou mais. “Venho a lugares americanos porque minhas filhas insistem”, diz.
Ainda assim, é preciso mais que um nome americano para fazer sucesso no exterior, diz Charles Bruce, diretor-presidente do Johnny Rockets Group Inc. De propriedade da empresa de private equity Sun Capital Management, a rede opera em 27 mercados internacionais, onde estão cerca de 40% de suas 340 unidades. A franquia brasileira têm hoje nove lojas, com mais três planejadas para este ano.
Bruce diz que o Johnny Rockets procura por fraqueados com experiência no varejo, perspicácia imobiliária e dinheiro para abrir várias unidades, que podem custar entre US$ 500 mil a US$ 750 mil cada. Tais operadores tendem a ter os recursos para resistir a crises econômicas.
Também pode haver vantagens em abrir um negócio durante tempos difíceis, como esses que assombram o Brasil agora, um mercado conhecido por seu alto custo e burocracia. Os imóveis, uma das maiores despesas, tornaram-se mais acessíveis. Além disso, o aumento do desemprego facilitou a contratação de funcionários qualificados.
O número de redes de alimentação franqueadas operando na maior economia da América Latina quase dobrou entre 2009 e o fim de 2014, para um total de 685, segundo a Associação Brasileira de Franchising. A associação não forneceu uma divisão por país de origem, mas confirmou que a presença das marcas americanas está crescendo.
O Papa John’s International Inc. estava entre as redes americanas tentando recrutar operadores em uma recente feira de franquias em São Paulo. A rede de pizzarias do Estado de Kentucky já possui unidades no Chile e na Colômbia. Agora, procura entrar no maior mercado da América do Sul, onde a pizza há muito faz parte da cultura, graças à imigração italiana.
“O Brasil é o próximo passo lógico para nós”, diz Michael Measells, diretor de desenvolvimento internacional de negócios do Papa John’s.
Mesmo assim, um mercado grande não é garantia de sucesso. A Arcos Dorados Holdings Inc., que opera mais de 2.100 restaurantes do McDonald’s na América Latina e Caribe, tem sofrido com a desvalorização da moeda e a redução de clientes no Brasil, país responsável por cerca de metade de suas vendas. A empresa, que tem sede em Buenos Aires, registrou lucro de US$ 7 milhões no segundo trimestre, depois de ter sofrido prejuízos no mesmo período de 2014 e no primeiro trimestre desde ano. A receita do segundo trimestre de sua unidade brasileira caiu 24%, afetada em parte pela desvalorização do real.
Em 2005, a Dunkin’ Brands Group Inc. fechou suas lojas de “doughnuts”, a clássica rosca americana, no Brasil devido a problemas com seu modelo de franquia e uma fraca infraestrutura de fornecimento, informaram executivos da empresa.
A rede voltou este ano com um plano ambicioso de abrir 150 lojas nos próximos anos. Ela reformulou seu modelo de franquia e de fornecimento e ajustou o cardápio ao gosto brasileiro.
Sua primeira loja em Brasília tem atraído filas de consumidores desde a inauguração, em maio. Daiana Kmiecik, de 27 anos, uma assessora do Congresso, enfrentava a fila numa tarde recente. “É minha terceira vez aqui, mas eles ficaram sem doughnuts das outras duas vezes”, diz. “Acho que vou comprar uma caixa com uma dúzia.”
(Colaborou Paulo Trevisani.)
Fonte: The Wall Street J0urnal

sábado, 15 de agosto de 2015

Toyota abre vagas de emprego para as fábricas de Porto Feliz e Sorocaba

Postado por: Indústria Hoje em: 13, Aug, 2015

Nova unidade de Porto Feliz (SP) produzirá os motores 1.3L e 1.5L do compacto Etios.
vagas toyota
A Toyota iniciou processo de contratação de até 500 colaboradores para suas unidades industriais de Porto Feliz e Sorocaba, ambas no Estado de São Paulo.
Para as futuras instalações de Porto Feliz, com previsão de inauguração no primeiro semestre de 2016, são aproximadamente 180 vagas, nas mais diversas áreas de atuação. A fábrica será responsável pela produção dos motores 1.3L e 1.5L do compacto Etios.
A planta de Sorocaba, que produz o modelo Etios nas versões hatchback e sedã, também terá aumento em seu quadro, devido ao incremento de sua capacidade produtiva, que passará das atuais 74 mil para 108 mil unidades por ano.
“É com muito orgulho que a Toyota, respaldada pela sua visão de negócios com foco na sustentabilidade das operações, demonstra o compromisso com o Brasil, ao criar novas oportunidades de trabalho. Compromisso este que é complementado pelos recentes investimentos já realizados para desenvolvimento da produção local e aprimoramento da qualidade dos veículos da marca”, afirma Steve St. Angelo, CEO para América Latina e Caribe e Chairman da Toyota do Brasil.
“Eu acredito que uma das maneiras mais significativas de retribuir à sociedade é gerar empregos. Gostaria de dar as boas vindas aos novos colaboradores da família Toyota do Brasil, que, com certeza, nos ajudarão a continuar a trilhar pela rota do crescimento sustentável”, ressalta Koji Kondo, presidente da Toyota do Brasil.
As vagas disponíveis em ambas as unidades podem ser consultadas no site oficial da Toyota no Brasil, na seção “Trabalhe Conosco”.
Fábrica de Porto Feliz
Construída em um terreno de 872.500 metros quadrados, a nova fábrica da Toyota tem investimentos na ordem de R$ 1 bilhão, e será responsável, em um primeiro momento, pela produção dos motores 1.3L e 1.5L do compacto Etios, montado em Sorocaba (SP).
As operações em Porto Feliz começam no primeiro semestre de 2016, com produção inicial de 108 mil motores anualmente.
A localização da unidade foi pensada estrategicamente, para facilitar a operação logística da Toyota, uma vez que os motores produzidos em Porto Feliz abastecerão a planta de Sorocaba, localizada a aproximadamente 30 km de distância. Além disso, a região conta com ótima infraestrutura de estradas e mão de obra qualificada.
Fábrica de Sorocaba
Localizada no KM 92 da Rodovia Castelo Branco (sentido interior-capital), a terceira planta da Toyota no Brasil foi inaugurada em setembro de 2012 e ocupa uma área de 3,7 milhões de metros quadrados. A fábrica é responsável pela produção do compacto Etios, nas versões hatchback e sedã, e é fruto de investimentos de US$ 600 milhões. Atualmente, emprega 1.724 funcionários diretos e indiretos.

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Amortecedores regenerativos transformam buracos em energia

Por Redação do Site Inovação Tecnológica -  

Amortecedores regenerativos transformam buracos em energia
Um sistema de engrenagens transforma o amortecedor em um gerador de energia.[Imagem: Cortesia MIT]
Energia dos buracos

Brevemente, em vez de se desviar dos buracos nas ruas e estradas, você poderá começar a aperfeiçoar a mira para acertar todos eles.
O professor Lei Zuo, da Universidade da Virgínia, nos Estados Unidos, está propondo uma nova técnica para gerar eletricidade nos veículos híbridos e elétricos a partir das irregularidades no asfalto.
Brincadeiras à parte, não será necessário ficar passando por buracos.
Segundo os cálculos do professor Zuo, apenas as suaves irregularidades de um asfalto bem conservado podem ser capazes de gerar entre 100 e 400 watts de energia, um valor impressionante, suficiente para aumentar muito a autonomia de um carro elétrico.
Amortecedores regenerativos
Os sistemas regenerativos de freios já são usados em veículos de linha, mas Zuo quer transformar os amortecedores em geradores de energia.
Para isso, os amortecedores regenerativos devem converter a energia vibracional - as vibrações verticais da suspensão - em movimento rotacional que aciona um gerador.
Em 2009, estudantes do MIT já haviam apresentado o protótipo de umasuspensão regenerativa, mas o professor Zuo garante ter resolvido um problema crucial de eficiência: a conversão do movimento bidirecional dos amortecedores no movimento unidirecional necessário para movimentar continuamente o gerador.
Uma combinação de engrenagens permite que tanto o movimento de descida quanto o movimento de subida do amortecedor, sejam convertidos em eletricidade, essencialmente dobrando a quantidade de energia que pode ser recuperada.
Energia versus maciez
O protótipo construído pela equipe consegue recuperar até 60% da energia teoricamente disponível nos amortecedores. O professor Zuo afirma que, com uma fabricação mais aprimorada dos diversos componentes - eventualmente em escala industrial - será possível chegar aos 85% de eficiência.
O amortecedor-gerador "pode ser integrado no carro diretamente, sem mudar nada no carro," disse o pesquisador.

Como nada sai de graça, o próximo passo da pesquisa será aferir o quanto a captação da energia vibracional tira do conforto da suspensão, o que eventualmente exigirá buscar um equilíbrio entre eficiência na geração de energia e maciez do carro.

sábado, 8 de agosto de 2015

Starbucks está perto de superar McDonald’s em valor de mercado

Por Indústria Hoje

Em algum momento no próximo ano, a Starbucks vai provavelmente se tornar a maior empresa de restaurantes do mundo em valor de mercado.
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Em algum momento no próximo ano, a Starbucks vai provavelmente se tornar a maior empresa de restaurantes do mundo em valor de mercado, superando o McDonald’s, que hoje é avaliado em US$ 95 bilhões. A rede mais conhecida por seus hambúrgueres vem perdendo brilho nos últimos anos, mas esse marco iminente é, em grande parte, prova do sucesso da Starbucks, cujas ações dispararam 49% nos últimos 12 meses, para US$ 57,93. Os papéis podem subir outros 15% a 20% nos próximos 12 meses, já que os serviços de pagamento digital estão ajudando a impulsionar o crescimento dos lucros.
A transformação, porém, vai além dos alimentos. Atualmente, a Starbucks tem tanto em comum com as “startups” do Vale do Silício quanto com outros restaurantes. No último trimestre, 20% de todas as transações da Starbucks nos Estados Unidos foram pagas pelo aplicativo para smartphones da rede, mais que o dobro do percentual de dois anos atrás.A Starbucks, que tem atualmente um valor de mercado de US$ 86 bilhões, tornou-se muito mais que uma rede de cafeterias; seus produtos de café da manhã, almoço e lanches têm ampliado a atratividade de muitas de suas 22.500 lojas ao redor do mundo. As vendas no período da manhã, que já representaram quase 80% das vendas totais da rede americana, hoje respondem por menos de 50%. E em breve algumas lojas vão passar a oferecer também cerveja e vinho.
Esse tipo de progresso digital tem sido alardeado pelos varejistas americanos por anos, mas nenhum deles alcançou sucesso similar ao da empresa de Seattle. Até o fim deste ano, os clientes da Starcucks nos EUA também poderão usar o app da empresa para fazer pedidos e pagar suas compras antecipadamente, reduzindo as longas filas em várias lojas.
Os fortes resultados financeiros já levaram a cotação das ações da Starbucks a níveis recordes. As vendas em lojas existentes há pelo menos um ano em todo o mundo registraram a impressionante alta de 7% no trimestre encerrado em junho. Apenas metade desse crescimento veio do aumento do movimento nas lojas; o restante veio de receitas maiores por transação.
David Palmer, analista que acompanha o segmento de restaurantes na RBC Capital Markets, estima que a média dos pagamentos feitos por meio do app para dispositivos móveis da rede é de US$ 6,93, 12% acima da média geral de gastos por cliente da empresa nos EUA. Se a tendência continuar, as vendas das lojas existentes há pelo menos um ano podem receber um impulso adicional.
A estimativa é que as vendas totais da Starbucks saltem 17% no ano fiscal que vai se encerrar em setembro, para US$ 19,2 bilhões. Os lucros devem crescer 19%, para US$ 2,4 bilhões, ou US$ 1,58 por ação. Da mesma forma que o café da rede, as ações da Starbucks conseguem sempre um preço superior, e isso não deve mudar, especialmente à medida que a empresa se torna uma potência tecnológica.
Os esforços da Starbucks no segmento de dispositivos móveis são o próximo passo no seu programa de fidelidade, lançado em 2009. No trimestre encerrado em junho, o programa cresceu 28%, para 10,4 milhões de membros ativos. Os clientes mais frequentes ganham uma “estrela” a cada 12 bebidas compradas, que pode ser trocada por qualquer bebida ou alimento. É uma oferta atraente: os integrantes do programa de fidelidade da Starbucks gastam três vezes mais que os demais clientes.
“Esta é a marca de restaurantes mais ponderosa neste exato momento. E o principal responsável por isso é o programa [de fidelidade] ‘My Starbucks Rewards’”, diz Matthew Dennis, analista sênior de investimentos da American Century Investments, cujo fundo All-Cap Growth ampliou seus investimentos na empresa. As ações da Starbucks hoje equivalem a 2% do fundo de US$ 1,1 bilhão.
Dennis ressalta que um em cada sete adultos dos EUA receberam um vale-presente da Starbucks no período do Natal do ano passado. Ele atribui isso ao poder da marca, acrescentando que “não há outra rede nesse setor que possa apresentar algo parecido”.
Os vales-presentes são uma porta de entrada para o programa de fidelidade também. O dinheiro colocado no app e nos cartões de plástico dos vale-presentes representaram 29% de todo o dinheiro gasto nas lojas da rede nos EUA no terceiro trimestre fiscal. Os membros do “My Starbucks Rewards” tinham US$ 1,3 bilhão nos seus cartões ao fim de junho.
Tanto o programa de fidelidade quanto os vales-presente estão disponíveis no Brasil, mas os pagamentos via apps ainda não, informou a assessoria de imprensa da Starbucks no país.
Outras marcas esperam pegar carona no sucesso da Starbucks. O serviço de música via internet Spotify, a plataforma para solicitação de caronas pagas Lyft e o jornal “The New York Times” fizeram parcerias com a Starbucks, comprando “estrelas” do programa de recompensa da rede de cafeterias para distribuir a seus clientes. Na verdade, a “estrela” da Starbucks se transformou numa moeda que pode ser usada somente nas lojas da rede.
Palmer, do RBC, diz acreditar que qualquer parceiro se interessaria em chegar ao consumidor típico da Starbucks, acrescentando que ele é de alta renda e com bom conhecimento de tecnologia. “Para qualquer marca de consumo, esse é o perfil de consumidor dos sonhos.”
Para a Starbucks, os apps para smartphones e os programas de fidelidade são elementos de uma iniciativa abrangente para impulsionar as vendas e o lucro. A empresa está trabalhando em várias frontes: as vendas de sanduíches para café da manhã nos EUA cresceram 30% no trimestre e enquanto as de alimentos no horário de almoço subiram 20%. As vendas de chás, impulsionadas pela compra da Teavana em 2012, agora totalizam 10% das vendas da Starbucks nos EUA.
A rede abriu 658 novas lojas nos últimos 12 meses nas Américas, que respondem por cerca de 75% das vendas totais. No Brasil, a Starbucks tem hoje 100 cafeterias. A Ásia, não surpreendentemente, é a região que apresenta crescimento mais rápido, e a receita na região deve mais que dobrar este ano, para US$ 2,4 bilhões, ou 13% das vendas. A Starbucks planeja dobrar sua presença na China e na região da Ásia e Pacífico nos próximos cinco anos, para 10 mil lojas. Analistas esperam que a rede amplie o seu número de lojas no mundo para 29.500 até 2018, o que implica em um taxa de crescimento anualizada de 9%.
A Starbucks não disponibilizou executivos para entrevistas para esta reportagem. Mas, abordando as perspectivas de crescimento da empresa em uma teleconferência sobre os resultados financeiros no mês passado, o diretor-presidente, Howard Schultz, disse que a média das lojas da rede está longe de atingir um teto de crescimento.
Alexander Eule é repórter do semanário Barron’s.
Fonte: The Wall Street Journal

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Inflação da construção perde força em julho, mostra IBGE

Por G1.globo.com

Indicador ficou em 0,69% no mês passado. 
O recuo foi puxado pela alta menor nos custos da mão de obra.

07/08/2015 09h06 - Atualizado em 07/08/2015 09h44

Do G1, em São Paulo

A inflação da construção perdeu força em julho, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O indicador ficou em 0,69% no mês passado, ante 0,73% em junho. O recuo foi puxado pela alta menor nos custos da mão de obra, de 0,87% – em junho, a alta havia ficado em 1,08%.
De janeiro a julho deste ano, o resultado ficou em 3,86%. Nos últimos 12 meses, a taxa ficou em 5,77%, acima dos 5,66% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em julho de 2014 o índice foi de 0,58%.
O custo nacional da construção, por metro quadrado, que, em junho, fechou em R$ 942, em julho passou para R$ 948,47, sendo R$ 509,84 relativos aos materiais e R$ 438,63 à mão de obra.

A parcela dos materiais apresentou variação de 0,53%, subindo 0,11 pontos percentuais em relação ao mês anterior (0,42%).
Os acumulados do ano são 2,52% (materiais) e 5,45% (mão de obra), sendo que, em 12 meses, ficaram em 3,92% (materiais) e 7,97% (mão de obra), respectivamente.
Por região e estado
Com variação de 1,24%, a região Sul foi a que apresentou a maior alta em julho. Os demais resultados foram: 0,75% (Norte), 0,65% (Nordeste), 0,43% (Sudeste) e 1,08% (Centro-Oeste).

Já os custos regionais, por metro quadrado, foram R$ 950,03 (Norte); R$ 878,54 (Nordeste), R$ 998,96 (Sudeste); R$ 968,31 (Sul) e R$ 950,34 (Centro-Oeste).

Com a pressão exercida pelo reajuste salarial decorrente do acordo coletivo, o Ceará foi o estado com a maior variação mensal: 3,26%. A seguir vieram Distrito Federal, 3,17%; Tocantins, 2,39%; e Rio Grande do Sul, 2,24%, também sob impacto de reajustes salariais.