domingo, 19 de julho de 2015

Brasil ganha três medalhas em Olimpíada Internacional de Biologia

Por g1.globo.com/

Medalhistas de bronze contam sobre a experiência os planos para o futuro.
61 países e mais de 250 competidores participaram do evento.

Gabriela GonçalvesDo G1, em São Paulo
Os quatro representantes do Brasil na Olímpiada de Biologia (Foto: Arquivo pessoal/Rubens Oda)Os quatro representantes do Brasil na Olimpíada de Biologia (Foto: Arquivo pessoal/Rubens Oda)
O Brasil ganhou três medalhas de bronze na Olimpíada Internacional de Biologia, que aconteceu na Dinamarca e terminou neste sábado (18). Três dos quatro representantes brasileiros foram premiados: Leticia Pereira de Souza, de 17 anos, Gabriel Voltani Guedes, de 17 anos, e Matteo Celano Ebram, de 16 anos, são os medalhistas. Além deles, Erick Tavares Marcelino Alves, de 16 anos, também representou o país.
Adolescentes exibem medalhas conquistadas na Olímpiada de Biologia (Foto: Arquivo pessoal/Rubens Oda)Adolescentes exibem medalhas conquistadas na
Olímpiada de Biologia
(Foto: Arquivo pessoal/Rubens Oda)
Ao todo, 61 países e mais de 250 competidores participaram do evento. Quatro provas práticas e duas teóricas classificaram os participantes, que tiveram que dissecar peixes e identificar as estruturas, além de terem que fazer procedimentos de biologia molecular.
De acordo com Rubens Akeshi Macedo Oda, coordenador nacional da Olimpíada há dez anos, estes procedimentos são complicados e exigem muito dos alunos. "As provas foram muito complexas e o nosso resultado foi o melhor dentre os países ibero-americanos. Estou muito feliz com a nossa conquista", destaca o professor.

Experiência
Eufórica com a medalha, Letícia, que nasceu em Pindamonhangaba (SP), só pensa em comemorar. "Estou muito feliz e com um sorriso que dá para ver de costas! Aqui a gente vê pessoas de todos os países e interagimos com eles. É um intercâmbio incrível", afirma a jovem, que está na terceira olimpíada internacional.
Gabriel, que foi medalhista de prata na Olimpíada Ibero-americana no ano passado, também recebeu medalha de bronze na Dinamarca. "É indescritível. É uma oportunidade única de conhecer outras culturas. Foi muita coisa sensacional em uma semana", conta o adolescente, que pretende cursar medicina na Universidade de São Paulo (USP) e mora em Campinas (SP).
Matteo, nascido em Taubaté,  é o mais da equipe e conta que esta é sua primeira olimpíada internacional.  "É muito importante para mim. Foi muito legal  ter contato com países de todos os continentes. São pessoas da minha idade e que têm os mesmos objetivos que eu. Provavelmente, as pessoas que vão estudar biologia e ciências nos próximos anos estão aqui", ressalta o jovem, que pretende seguir a carreira de medicina nos Estados Unidos.
Nascido em Maceió, mas cursando o ensino médio em Fortaleza, Erick afirma que a viagem é marcante em muitos sentidos. "Participar destas olimpíadas é muito legal, porque trocamos histórias, línguas, músicas e culturas." Para a competição, o jovem estudou cerca de 14 horas por dia.
Terceiro pelotão
Apesar de feliz pelo resultado, o coordenador nacional afirma que o os chamados países ibero-americanos ocupam uma espécie de terceiro pelotão da competição. "O primeiro grupo é de países asiáticos, Estados Unidos, Rússia e Inglaterra. Já o segundo pelotão é formado por Suíça, Ucrânia, Romênia e outros. E nós aparecemos no terceiro pelotão. Isso só mostra que ainda é necessário um grande investimento de educação no nosso país", afirma.
"Nós levamos quatro anos para ganhar a nossa primeira medalha. Há seis anos que ganhamos medalhas e são todas de bronze, o que mostra como o caminho a ser percorrido é longo", conta Oda. Em todas as participações, o Brasil ganhou apenas uma medalha de prata e nenhuma de ouro.
Durante a semana que passaram na Dinamarca, os estudantes visitaram museus, parques de diversões e conheceram a cidade. "O clima é muito amistoso. Mostra para estes jovens que trata-se de uma competição, mas também é uma conquista de amigos, de novas culturas. Todos são amigos e ao mesmo tempo estão competindo entre si", destaca Oda.
"Como professor eu me emociono, porque é a realização do profissional. Estes alunos acreditam na educação como forma de transformação, como forma de crescimento", finaliza.


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